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Monica Iozzi quer voltar a ser apresentadora: "Algo com minha assinatura"

Em "A Dona do Pedaço", Monica Iozzi é Kim, uma empresária que coordena a carreira de blogueiras e influenciadoras - TV Globo/Divulgação
Em "A Dona do Pedaço", Monica Iozzi é Kim, uma empresária que coordena a carreira de blogueiras e influenciadoras Imagem: TV Globo/Divulgação

Ana Cora Lima

Do UOL, no Rio

04/05/2019 04h00

O lado atriz de Mônica Iozzi vai muito bem, obrigado. Depois de protagonizar a série "Vade Retro" há dois anos e ter feito participações em outras duas produções - "Assédio" e "Carceiros"-, ela ganhou um personagem "A Dona do Pedaço", nova novela das 21h, que estreia no dia 20 de maio. A ex-apresentadora do "Vídeo Show", no entanto, admite que tem sentido saudades de uma bancada.

"Eu venho pensando há um tempo. Quando eu quis sair do 'Vídeo Show' era porque eu sentia muitas saudades de trabalhar como atriz. Recebi um convite e fui. Mas a minha saída nunca foi um abandono porque eu pretendo voltar e não vai demorar muito, não", contou ela durante o lançamento da nova trama de Walcyr Carrasco, no Rio.

Monica diz já ter até uma ideia do que seria uma atração para chamar de sua. "Quero um programa com a minha assinatura. Vai ter que falar de coisas que são caras para mim e acho que as pessoas também vão gostar de conversar a respeito", explica.

O papel de Kim, empresária que coordena a carreira de blogueiras e influenciadoras, mexeu com cabeça literalmente da atriz. Iozzi ficou loiríssima, mergulhou no universo de fashionista, trouxe a reboque uma vaidade até desconhecida.

Mônica assume que se sente mais poderosa loira, mas revela: "Quando a novela acabar, eu volto a ser morena" - Reprodução/Instagram/@monica.iozzi - Reprodução/Instagram/@monica.iozzi
Mônica assume que se sente mais poderosa loira, mas revela: "Quando a novela acabar, eu volto a ser morena"
Imagem: Reprodução/Instagram/@monica.iozzi
A mudança radical no visual para personagem, ela diz, foi por livre e espontânea vontade.

"A Kim é muito autêntica, tem um figurino trabalhado em preto e branco, geométrico, e um jeito excêntrico de ser e aí eu pensei em um cabelo mais fashionista. Estou adorando, mas dá trabalho. Tem que secar todo dia e gastar milhões de reais", brinca.

A mudança já surtiu efeito nas ruas, com o aumento das cantadas. "Fazia muito tempo que eu não ouvia um 'psiu' na rua, e agora está uma coisa quase insuportável, mas eu prefiro as morenas. Achei interessante que quando fui tingir o cabelo, eu era a única morena do salão. Queria entender que relação é essa que nós, mulheres brasileiras, temos? Que fetiche é esse, essa coisa ariana e nórdica?", questiona.

Mesmo assim, Iozzi confessa ainda se assustar com a sua nova versão. "São 40 dias loira, mas muitas vezes eu não me reconheço. Pretendo voltar a ser morena assim que a novela terminar. Ou talvez eu raspe a cabeça", completou, rindo.

Para viver a personagem, a atriz conta que também está pesquisando e aprendendo muito sobre o mundo das influenciadoras digitais.

"É um universo muito diferente do meu, mas estou encantada. Existe um forte poder das redes sociais dessas it girls muito interessante", diz ela, que tem 3,6 milhões de seguidores no Instagram, mas apagou recentemente seus perfis no Facebook e Twitter.

"Não estou em rede social por causa de número de gente, não. Estou nas redes para me comunicar com quem quiser me ouvir. Se forem um milhão, ótimo, se forem 10, ótimo".

Sem filtros nas redes

Mônica também falou que sua relação com os haters está em um momento de muita calmaria, mas ela não se ilude. "Você pode não se colocar, não se posicionar porque é uma questão de escolha, eu não consigo. Se eu fosse professora, se eu fosse maquiadora, seria a mesma. Desde muito cedo eu tenho interesse pela vida em sociedade, pela política. As pessoas falam que é chato, não tem muito interesse, mas talvez se fosse diferente nós estaríamos em uma situação um pouco melhor", observa.

A atriz diz que não criou mais filtros nem depois de ser condenada a pagar R$ 30 mil de indenização em um processo na Justiça após criticar uma decisão do ministro Gilmar Mendes.

"Não pensei em ter filtros depois desse problema. Se eu fizesse o contrário, estaria concordando com a censura que ele tentou impor em cima das minhas opiniões. Continuo falando o que eu penso e, talvez, com um pouco mais de cuidado porque eu não tenho dinheiro para sair pagando esse pessoal. Mas se tem uma coisa que eu não vou mudar é sobre me posicionar."