Carol Duarte emenda 3º trabalho na TV e diz ainda ser reconhecida como Ivan
Já faz dois anos desde que Carol Duarte estreou na televisão com seu marcante papel do transexual Ivan, em A Força do Querer (Globo, 2017). O drama do jovem, que nascia Ivana e descobria sua verdadeira identidade, passando por uma transição de gênero, emocionou o público e gerou debate. Desde então, a atriz não parou. Em 2018, ela já estava de volta ao trabalho em O Sétimo Guardião e, agora, poderá ser vista novamente como Solange, em Segunda Chamada, série que a Globo estreia em 8 de outubro.
Apesar da ascensão rápida, ela diz que até hoje é reconhecida por sua personagem na trama de Gloria Perez.
"As pessoas ainda me reconhecem bastante. Foi um papel marcante, as pessoas assistiam muito a essa novela. Além da audiência, teve uma repercussão sobre o tema, tem gente que fala comigo na rua que não sabia que transexualidade existia. Tudo foi novo: eu, como atriz, e o tema. Então, as pessoas conectam mais rapidamente", conta ela durante um intervalo nas gravações do seriado.
"As novelas atingem pessoas de todos os níveis sociais, econômicos, do Brasil inteiro, e geram discussão. Mesmo se a pessoa desliga a TV, ela já está tendo um posicionamento [diante daquela atração]", complementa.
Sua atual personagem, Solange, é uma das estudantes da Escola Estadual Carolina Maria de Jesus, no qual jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de estudar procuram uma segunda chance no ensino noturno. A moça é mãe de uma menina recém-nascida e precisa lidar com a maternidade ao mesmo tempo em que se dedica aos estudos. Carol fala que vê algumas semelhanças entre as três personagens que interpretou na TV até o momento.
"É engraçado, porque de certa maneira sempre lido um pouco com a questão de gênero. O Ivan tinha isso, a Estefânia era prostituta, e a Solange, uma mãe solteira muito só. São papéis duros, difíceis. Mas, ao mesmo tempo, fico pensando qual papel não é difícil. Acho que qualquer ser humano tem a sua complexidade, suas dores, seus machucados."
Para ela, a nova série da qual faz parte tem função importante: jogar luz sobre questões relacionadas à educação no Brasil.
"Acho que a gente está de fato sofrendo ataques na educação. O professor parece que virou inimigo, talvez porque provoque reflexões, abra mundos. Acho muito legal a série falar sobre isso, acho importante. É muito triste ver esse desmonte que já vinha acontecendo e agora está mais feroz. [Espero] que essa série gere algumas reflexões, pontos para a gente pensar juntos", opina.
Ela também diz que sua personagem lhe trouxe novas perspectivas sobre a maternidade, algo que ela almeja: "Eu não sou mãe ainda. A Solange teve que me trazer uma descoberta da maternidade: o que é ter uma criança bem pequena, que depende mesmo de mim. Tenho vontade de ser mãe, mas é complexa essa relação. Essa coisa romântica da maternidade às vezes não é tão legal, às vezes é difícil para a mulher."
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