Como a saída de Meghan e Harry da família real pode aquecer mídia britânica
É verdade que o assédio da mídia britânica, famosa por seus tabloides sensacionalistas, seria um dos pilares da decisão de Meghan Markle e do Príncipe Harry de se afastar da família real. No entanto, como pondera um artigo do Hollywood Reporter, esta medida poderia ter um efeito ainda mais nocivo para o casal, colocando-os definitivamente no foco da cobertura de celebridades e longe da blindagem oferecida pelos muros do palácio.
"Se o processo de decisão do 'Megxit' tinha como intenção escapar da atenção persistente da mídia, essa tarefa não será nada fácil", aponta o texto assinado por Alex Ritman.
"Eu acho que será justamente o contrário. É como jogar petróleo em um incêndio", explicou Paul Tweed, advogado que já defendeu celebridades como Britney Spears e Johnny Depp. Ele lembrou do caso de Sarah Fergunson, ex-mulher do príncipe Andrew, que virou foco dos tabloides durante o divórcio do casal em 1996.
"Quando ela deixou o clã real, basicamente foi a abertura da 'temporada de caça' da mídia. E tem sido assim desde então", continuou.
O advogado ainda explica que existe uma "aura de proteção" no entorno dos membros da família real. Isso seria perdido imediatamente com o afastamento de ambos. "É claro que isso tem diminuído por inúmeros fatores nos últimos anos, mas isso ainda está lá. Existe essa proteção contra a mídia que é muito útil nos tempos difíceis".
Ainda segundo o artigo do Hollywood Reporter, uma eventual estratégia do casal em dividir seu tempo entre o Reino Unido, Estados Unidos e Canadá deve atiçar ainda mais a mídia em busca de burburinhos em torno da vida particular dos dois também em outros países.
Guerra contra os tabloides
Após se tornar pai, Harry ficou ainda mais feroz na luta pela privacidade de sua família.
Em outubro de 2019, ele processou o tabloide The Mail on Sunday por ter publicado "ilegalmente", como alegou, uma carta de autoria da esposa.
Em comunicado, o príncipe Harry afirmou que ele e a mulher foram forçados a tomar uma atitude diante do que chamou de "campanha implacável" de determinados veículos da imprensa britânica.
À BBC, em entrevista para o documentário que acompanhava a viagem do casal e do bebê à África do Sul, o príncipe chegou a dizer que vê Meghan sofrendo com a pressão da mídia da mesma forma que aconteceu com a mãe dele, Diana, entre os anos 1980 e 1990.
Em um dos trechos mais tocantes da conversa, Harry lembra a morte da mãe e diz que luta até hoje para superar o trauma, que o marcou quando ele ainda era um menino. "Toda vez que vejo uma câmera, toda vez que ouço um clique, toda vez que vejo um flash, isso me leva de volta [à morte da minha mãe]", disse.
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