CNN Brasil convida advogada em 1ª edição do Grande Debate só com mulheres

O quadro o Grande Debate, da CNN Brasil, teve hoje sua primeira edição só com mulheres debatedoras. A advogada criminalista Veronica Sterman foi a comentarista convidada do dia e debateu com a também advogada Gisele Soares, que já tem posto fixo na atração.

Desde a estreia da emissora no país, em março, apenas uma mulher tinha participado por vez do quadro. Nas primeiras semanas, a advogada Gabriela Prioli se destacou por suas opiniões debatendo contra o comentarista Caio Coppola, mas deixou a atração após alegar "constrangimento" na emissora.

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Enquanto Prioli ganhou um novo programa no canal, o CNN Tonight, ao lado da jornalista Mari Palma e do historiador Leandro Karnal, Gisele foi designada como substituta no Grande Debate. Ela vinha debatendo com o advogado Thiago Anastácio até a semana passada, mas ele precisou se afastar por motivos pessoais.

"Bom dia, Verônica, bem-vinda, primeiro debate aqui só de mulheres, estou muito feliz com você aqui", disse Gisele na abertura do quadro hoje.

"Muito obrigado pelo convite, para mim é uma honra fazer parte deste Grande Debate, um programa que eu tenho em tão alta conta", retribuiu Veronica no início das suas argumentações.

Advogada de ex-ministro petista

A comentarista convidada pela CNN Brasil tem como destaque em sua trajetória profissional a defesa do ex-ministro petista Paulo Bernardo quando ele foi preso por um desdobramento da Operação Lava Jato em 2016. Bernardo era acusado de envolvimento em desvios de recursos públicos no Ministério do Planejamento.

Durante o debate, Veronica demonstrou por diversas vezes a sua discordância de posições defendidas por Gisele. No entanto, o clima amistoso seguiu até o final da atração, quando a comentarista convidada aproveitou para ironizar a diferença de opiniões entre as duas.

"Eu concordo, por incrível que pareça, mas eu concordo. Sobre a continuidade de investigações da Lava Jato", afirmou Veronica, fazendo uma ressalva logo depois.

"Os fins não justificam os meios, existe uma legalidade, um regramento, um ordenamento jurídico que deve ser cumprido, que deve ser respeitado por todas as pessoas. A lei vale para todos. A mesma lei deve ser aplicada tanto para os investigados como para os investigadores", concluiu Veronica.