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'É perigoso, mas necessário', diz Adnet sobre imitar e criticar Bolsonaro

Jair Bolsonaro (Marcelo Adnet) chama Chaves (Márcio Vito) de "vagabundo" em sátira do "Tá no Ar" - Reprodução/TV Globo
Jair Bolsonaro (Marcelo Adnet) chama Chaves (Márcio Vito) de "vagabundo" em sátira do "Tá no Ar" Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

18/08/2020 00h06

O humorista e ator Marcelo Adnet afirmou hoje que entende o risco de imitar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas vê o humor como uma necessidade para a crítica. Para ele, quanto mais "perigosa" for a figura pública, maior é a sua vontade em trabalhar com ela.

"Acho que o Bolsonaro sempre esteve em alta. Esse homem que era louco, solitário... Esse cara que ficava na frente do Congresso, que [diz] não foi uma ditadura... Esse lunático, que foi abraçado pela classe política, foi eleito o representante", comentou o global, em entrevista no programa Roda Viva.

"Ele sempre esteve em alta, falar contra ele sempre foi perigoso, houve reação violenta. É estressante, mas necessário. Não sou dono da verdade, nunca fui, estou pronto para ouvir e mudar, mas tenho minhas convicções e tenho que ser fiel a elas", acrescentou.

Na TV Cultura, Adnet ainda afirmou que faz o programa "Sinta-se Em Casa", praticamente um diário em que ele capricha nas imitações de diversos políticos e situações durante a pandemia, para sua própria sobrevivência mental

"Quanto mais uma figura que eu considero perigosa subir, maior meu ímpeto. Faço esse programa em casa para minha saúde mental também, para botar para fora o que sinto", contou.