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EUA: Harry e Meghan vão falar de política e rebatem protocolo real 'neutro'

Príncipe Harry e Meghan incentivaram americanos a votarem; casal deixou de lado as atribuições da nobreza britânica - HANNAH MCKAY
Príncipe Harry e Meghan incentivaram americanos a votarem; casal deixou de lado as atribuições da nobreza britânica Imagem: HANNAH MCKAY

Do UOL, em São Paulo

04/11/2020 11h07Atualizada em 04/11/2020 12h37

O príncipe Harry e Meghan Markle vão continuar comentando assuntos políticos dos Estados Unidos após a eleição presidencial de 2020.

Segundo um porta-voz do casal ouvido pelo jornal Insider, os dois continuarão incentivando as pessoas a participar da vida pública do país.

"Parte de ser um membro ativo da sociedade é participar do processo democrático. Encorajar as pessoas a se envolverem na política é algo importante", disse o oficial dos pais de Archie.

Harry e Meghan fizeram campanha pública para que os eleitores estadunidenses participassem das eleições esse ano. A Duquesa de Sussex chamou o pleito de 2020 como "o mais importante de nossas vidas".

A postura foi questionada por assessores da família real britânica.

Um dos protocolos da Rainha Elizabeth e de membros da corte é se manter neutro sobre questões políticas de outros países.

Assessores reais disseram ao The Times que o neto da rainha quebrou o protocolo e "violou" acordos previstos na sua renúncia, junto com Meghan, dos títulos e cargos da nobreza.

A família londrina planeja maneiras de "se distanciar" mais das figuras de Harry e Meghan.

Contradição real

O porta-voz do casal, que vive nos Estados Unidos desde abril, disse que a monarquia tem que ter outro papel dentro da democracia, questionando a neutralidade. "Esperamos que a realeza tenha um papel diferente dentro da constituição", afirmou.

Em seguida, ele apresentou um episódio de influência da Rainha Elizabeth para que as pessoas fossem votar no referendo sobre a independência da Escócia fora do Reino Unido em 2014.

"A própria Rainha encorajou as pessoas a usarem seu direito de voto. Embora potencialmente controverso, não é uma coisa totalmente nova", completou.

Vale lembrar que a própria rainha recebe chefes de Estado e de governo no Palácio de Buckingham, em Londres.