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Darlan Cunha, o Laranjinha, diz que tinha 'pânico' de drogas: 'Pai bandido'

Darlan Cunha fala sobre a família em entrevista para o canal "Na Real" - Reprodução/Youtube
Darlan Cunha fala sobre a família em entrevista para o canal 'Na Real' Imagem: Reprodução/Youtube

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/04/2021 07h56Atualizada em 16/04/2021 12h15

Darlan Cunha, famoso por viver o Laranjinha da série "Cidade dos Homens" (TV Globo), admitiu que sempre teve medo da proximidade com o mundo das drogas por conta da relação desafiadora com o pai biológico, que é dependente químico.

"Sempre tive contato com o crime. Meu pai era bandido, meus tios eram também bandidos, meus amigos de escola viraram traficantes. Mas nunca me envolvi", contou ao canal "Na Real" no YouTube.

"Já usei drogas, mas eu sempre tive pânico e medo. Meu pai virou bandido para sustentar o vício dele em cocaína", acrescentou o ator.

"No auge do vício dele, eu já tinha nascido. Minha mãe saiu de casa quando eu tinha um ano. O contato que tinha com o meu pai era uma vez por ano, quando me pegava para ficar com ele. Eu adorava ficar com meu pai."

As lembranças deste período foram marcantes para o ator.

"Lembro que eu tinha dois anos, acordei, tomei café e perguntei para a minha tia onde estava o meu pai. Ela respondeu que estava na boca e falou para eu ir até lá ver ele."

"Fui andando, perguntando onde era a boca e um homem me pegou no colo e me levou. Eu me lembro do meu pai vendendo as drogas em uma mesa e eu sentado vendo", contou.

A última vez que Darlan Cunha viu o pai foi aos sete anos. Aos 18, quando foi procurá-lo novamente, soube que ele havia morrido. "Eu fui na favela onde ele morava e encontrei os meus primos. Um deles me contou o ano em que ele morreu. A história é que ele roubou e foi para a favela. Isso é muito crítico, levar a polícia para a favela. A polícia chegou, procurou quem tinha roubado e aí os 'caras' resolvem do jeito deles."

Recentemente, Darlan encarou novos rumos em sua carreira artística. Agora também cantor, ele lançou seu primeiro single em janeiro. Para marcar o trabalho com a música "Motivação", o artista aderiu a dreadlocks e tatuagens.