500 mil mortos: JN começa edição sem música e com Bonner e Renata de preto
No dia em que o Brasil chegou à marca de 500 mil mortos de covid-19, William Bonner e Renata Vasconcellos apresentaram o "Jornal Nacional" trajando roupas pretas, gesto que foi interpretado nas redes sociais como sinal de luto.
Além disso, a escalada inicial do programa começou sem música — a tradicional trilha só começou quando os apresentadores começaram a falar de outros assuntos.
Os gestos não escaparam dos olhos atentos do público:
Os telespectadores também notaram uma inversão nos temas abordados pelo telejornal, com as notícias de esporte e a previsão do tempo no primeiro bloco.
Além disso, William Bonner e Renata Vasconcellos não costumam apresentar o jornal aos sábados:
O UOL entrou em contato com a Rede Globo para saber se as mudanças foram intencionais, e aguarda um posicionamento da emissora.
Manifestações contra Bolsonaro
Nas redes sociais, o público também apontou a diferença na cobertura das manifestações de hoje contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e as do dia 29 de maio — desta vez, os protestos tiveram mais destaque no telejornal.
No primeiro dia de protestos contra o presidente, há cerca de um mês, a edição do sábado foi criticada por tratar o assunto como tema menor. As imagens dos atos só ganharam destaque na edição da segunda-feira seguinte, quando Bonner rebateu a declaração de Bolsonaro de que as manifestações estavam esvaziadas.
Bonner e Renata encerraram edição de hoje lendo um editorial sobre a marca de 500 mil mortos e criticando o governo Bolsonaro pela postura "negacionista e inconsequente" durante a pandemia.
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