Amanda Klein diz que Constantino fez ataques pessoais: 'Assédio ao vivo'
Eu e Constantino continuamos trabalhando juntos na Rede TV! e em programas diferentes na Jovem Pan. Nem quero polemizar muito, porque, ao final, vamos ter que olhar para a cara um do outro todos os dias. Parece carma.
É assim que Amanda Klein descreve como se sente por ter de dividir o mesmo local de trabalho —e até o mesmo programa na TV— com Rodrigo Constantino. Nesta semana, ela anunciou a saída do programa "3 em 1" após uma discussão com Constantino na rádio.
Em entrevista ao UOL, a jornalista disse ter tomado a decisão de deixar o programa depois de sofrer ataques pessoais por parte do então colega de trabalho: "Ele sempre se refere a mim como jornalista militante, faz referências ao meu marido e à minha família no programa. Não são coisas profissionais —em qualquer ambiente de trabalho, não só no jornalismo. É um assédio moral público, ao vivo e diário".
Amanda afirma que poderia denunciar ou ter outra reação, mas, neste caso, ela já havia conversado com seus chefes sobre a relação difícil com Constantino. Não foi uma surpresa para a direção da Jovem Pan quando ela pediu para deixar o programa.
O negócio melhorava por uma semana [após conversar com a direção] e depois voltava a carga. Para mim, é um método dele. Ele usa como tática de desconstruir a pessoa e para reforçar o discurso dele. É a maneira como ele se comunica com a plateia de seguidores dele. É um público que gosta de sangue.
A jornalista diz que o colega usava termos ofensivos contra ela, sendo que alguns ela prefere nem mencionar. Se aconteceu algo para a relação degringolar de vez? Ela não sabe dizer.
O que eu fiz para ele me classificar como canalha? É um termo muito grave para usar contra uma colega de trabalho. Eu não sei em que momento aconteceu essa virada de chave, mas aconteceu. Começou a ficar desgastante fazer o programa todos os dias. Deixa de ser jornalismo. Vira uma rinha de galo.
Procurado pela reportagem do UOL, Constantino disse que não iria se manifestar.
"Me erra, Constantino"
Amanda Klein afirma que precisava tomar uma atitude: não dava mais para agir como se estivesse tudo bem. Não estava.
Se eu continuasse no programa seria como se, de alguma forma, eu estivesse normalizando aquilo. Eu não quero que isso seja legitimado. Eu não aceito um ataque à minha honra, à minha dignidade. Resvala em um terreno pessoal. Dá vontade de falar para ele: 'Me erra, vai procurar sua turma'.
Se alguma vez procurou o economista, que mora nos Estados Unidos, para propor uma trégua? Ela afirma que não há espaço para o diálogo, embora tenha tentado.
"Eu tentei na primeira discussão. Mandei uma mensagem, e ele me respondeu com um joinha. Foi a última conversa que tivemos no privado. Quando o deboche começava a aumentar, eu falava com algum chefe. Eles sempre foram solícitos e atenciosos. Não tenho nada para falar da Jovem Pan. Sempre foram respeitosos e cuidaram de mim."
A última discussão
No último programa juntos, Amanda e Constantino bateram boca ao debater sobre casamento gay. Ele chegou a chamá-la de mentirosa e desonesta. Nas redes sociais, usou termos como "burra" e "canalha" para se referir a ela.
A jornalista, então, enviou uma mensagem para o diretor Humberto Candil, que compreendeu a decisão dela de querer sair do programa. Ela afirma ser tranquila e diz que não é sua praia discutir pelas redes.
Ele sabia que eu estava fazendo um esforço [de continuar no programa] e disse que sabia que eu tinha chegado ao meu limite.
Amanda Klein continua na Jovem Pan nas edições de segunda e quarta do "Jornal da Manhã". É possível que ela ainda participe de outro programa da rádio, que ainda será definido.
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