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Irmã de Gil do Vigor relata relacionamento abusivo: 'Eu apanhava'

Gil do Vigor e a irmã, Janielly Nogueira - Reprodução/Instagram
Gil do Vigor e a irmã, Janielly Nogueira Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/07/2021 12h05Atualizada em 12/07/2021 16h49

Janielly, irmã do ex-BBB Gil do Vigor, revelou na tarde de ontem que já viveu um relacionamento abusivo. Em meio à repercussão dos vídeos em que DJ Ivis aparece socando e chutando a ex-mulher, Janielly relatou a dificuldade em denunciar esse tipo de relação.

"É muito difícil denunciar. Só quem viveu e quem vive um relacionamento desses, completamente abusivo, é quem passa. Então, não julga. Eles fazem a gente acreditar que é doida e errada", afirmou.

"Eu vivi um relacionamento abusivo no qual eu fui agredida também. E pra gente ter coragem de falar para uma família que a gente está sendo agredida dentro de casa, é muito difícil", continuou a pernambucana, que disse que mentiu para a própria mãe.

Ela olhava pra mim e dizia 'você está sofrendo'. E eu dizia, 'não, eu tô feliz'. Mas eu sabia o que eu passava. Os vizinhos sabiam o que eu passava. Eu apanhava. Hoje quando eu vejo uma mulher expondo o que vive pra outras mulheres, isso é muito forte. Ela sendo muito corajosa, porque não é fácil. A gente tem vergonha de mostrar que não está feliz, que está sendo agredida.

"O meu psicológico na época ficou totalmente abalado, eu emagreci pra caramba por uma pessoa que não merecia", continuou a estudante de direito.

Janielly relatou ainda que o pai de seu filho Davi, de 8 anos, é ausente e não procura saber do menino.

"Em oito anos ele nunca pegou o filho. Mal procura saber, quer dizer, nem procura saber. E graças a Deus tenho minha mãe e minha irmã para me ajudarem, e meu irmão que supre esse papel de pai. Porque o pai de Davi e nada é a mesma coisa", declarou.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.