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Após câncer, Drica Moraes não tem mais medo da morte: 'Sou vaso ruim'

Após câncer, Drica Moraes não tem mais medo da morte - Reprodução/vídeo
Após câncer, Drica Moraes não tem mais medo da morte Imagem: Reprodução/vídeo

Do UOL, em São Paulo

01/08/2021 15h02Atualizada em 01/08/2021 15h02

A atriz Drica Moraes, de 52 anos, revelou que não sente mais medo de morrer após ter se curado de uma leucemia em 2010.

Em entrevista concedida ao jornal Extra, a estrela de "Chocolate com Pimenta", "Verdades Secretas" e "Sob Pressão" revelou que já enfrentou tantas vezes a morte que já perdeu o medo.

Como quase morri há dez anos, esse pavor eu não tenho. Fiquei por um fio presa a este planeta. Acho que eu sou vaso ruim mesmo. A morte eu já enfrentei tanto que perdi o medo.
Explicou Drica.

Ela declarou que as dificuldades trazidas pela pandemia, como o desafio de criar seu filho de 12 anos longe dos amigos e o trabalho em casa lhe causaram mais ansiedade.

Mas senti um pouco essa angústia da vida, vê-la mudando, o filho (Mateus, de 12 anos) crescendo sem estar com os amigos, as dificuldades de aprendizado dele, o excesso de trabalho em casa, isso me causa muita ansiedade na pandemia. Mais do que morrer.

Drica também falou sobre a experiência de ter precisado largar as gravações da novela "Império" no meio por conta de questões de saúde. Ontem, inclusive, foi ao ar na reprise o último capítulo da atriz no papel de Cora. A partir de amanhã, Marjorie Estiano é quem dará vida à personagem.

Na época, eu fiquei despedaçada porque foi um papel muito importante. Eu tinha tesão em fazer! Cora me demandava demais física e emocionalmente. Fui ao Projac, mas não tinha voz. Eu já vinha há um tempo com gastrite, depois labirintite. O excesso de horas trabalhadas me gerou uma baixa imunidade.

A atriz fez questão de reforçar que os problemas de saúde da época não estavam diretamente relacionados ao câncer que havia tratado quatro anos antes — ainda que ela não tivesse recuperado a capacidade de enfrentar as jornadas de trabalho exaustivas que um papel importante em novela impõe.

Não tinha nada mais a ver com a doença grave que eu tinha tido quatro anos antes, porém eu ainda não estava com essa capacidade de encarar tantas horas de trabalho por tantos meses.

Ela contou que chegou ao Projac sem "um fiapo de voz" e tinha seis páginas de texto para interpretar na cena que seria gravada. Foi aí que o autor da novela, Aguinaldo Silva, decidiu tirá-la do elenco.

Eu até fui à cena em que ela e o Comendador (Alexandre Nero) vão ao hotel, mas eu não tinha um fiapo de voz e havia seis páginas de texto para falar. Então, o autor tomou essa decisão. Eu levei um susto na hora, mas, foi o que tinha que ser feito e eu acatei.