Suspeita de ter sequestrado Silvio Santos lança livro sobre a arma do crime
Em 2001, o Brasil parou para acompanhar todos os desdobramentos do sequestro de Patrícia Abravanel e, posteriormente, de Silvio Santos. Agora, 20 anos depois, a história voltará à tona com o relato de Josiene Santos Batista, manicure apontada como suspeita de integrar o grupo que organizou o sequestro, no livro "Silvio Santos na mira do meu 38".
Em entrevista ao jornal "Extra", a manicure contou que lançará a obra indicando que na época trabalhava na lanchonete de uma escola e viu sua vida virar de cabeça para baixo após Fernando Dutra Pinto, mentor do sequestro da família Abravanel, ter sido pego com uma arma que estava em seu nome.
Quando vi minha arma e minha cara na televisão sendo procurada, senti um negócio nas pernas, meu sangue desceu. Pensei: 'estou ferrada'.
Após cometer um delito e fugir do presídio, Josiene estava recomeçando a vida em um novo lugar anonimamente e sem a polícia na sua caça. Porém, segundo relato da manicure, o revólver encontrado com Dutra Pinto havia sido pega pelo sequestrador após uma troca de tiros com um policial que trabalhava na delegacia na qual ela foi presa.
"O revólver estava com um dos policiais que trabalhou na 25ª na época que me pegaram e quando ele foi baleado o Fernando pegou o revólver e levou com ele. Eu achava que uma arma ou era destruída ou sei lá, ia para alguém, tirava do nome da pessoa. Mas estava com esse policial aí", argumentou.
A manicure, no entanto, contou com a ajuda de um amigo jornalista de sua mãe para conseguir provar a inocência no caso que chocou o Brasil. Depois do susto, ela conseguiu seguir a vida mesmo estando foragida da Justiça.
"Ninguém me procurou. Mas a minha vida virou um inferno desde o dia que botaram minha cara na televisão. Passei quase 20 anos escondida, com medo de me matarem, sei lá. Meus vizinhos, que nem me conheciam, davam entrevista dizendo que eu era uma bandida. Eu errei lá atrás, eu sei. Coisa de jovem que segue o caminho errado. Mas nunca fiz mal a ninguém. Hoje me redimi, faço meu trabalho de doméstica e manicure e já tenho um RG depois de 26 anos", revelou.
Quis o destino que um outro jornalista, desta vez o sobrinho de Josiene, a aconselhasse a transformar a história vivida em um livro.
"Sabia que eu quando era criança era louca pelo Silvio? Eu ia nas excursões da escola a todos os 'Domingo no parque' que ele apresentava. Eu devia ter assim uns 11 anos, e fiquei bem pertinho do Silvio. Aí, tantos anos depois acontece isso. Só pode ser o destino", finalizou.
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