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William Waack chama apoiadores de Bolsonaro de 'fanáticos imbecilizados'

O jornalista também afirma que quadro mental de Bolsonaro é "para lá de preocupante" - Divulgação
O jornalista também afirma que quadro mental de Bolsonaro é "para lá de preocupante" Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

26/08/2021 11h09

O nome do jornalista William Waack foi parar nos assuntos mais comentados do momento no Twitter por um texto de opinião que ele publicou hoje no jornal Estadão.

Waack afirma que o quadro mental do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é "para lá de preocupante", e que seus apoiadores são "fanáticos imbecilizados".

"Bolsonaro acha que manda, mas não comanda nada a não ser fanáticos imbecilizados em redes sociais que não sabem até agora muito bem onde está o 'Palácio de Inverno' a ser tomado e ocupado. Eles são contra um monte de coisas, mas ainda aguardam uma ordem específica do 'mito' sobre em qual direção marchar e qual inimigo precisam aniquilar", escreveu o jornalista.

Nas redes sociais, as declarações causaram polêmica: apoiadores do presidente rebateram afirmando que existe uma conspiração contra Bolsonaro.

O comentarista da Jovem Pan Rodrigo Constantino escreveu no Twitter: "William Waack ridiculariza a tese de conspiração contra Bolsonaro, chama seus apoiadores de 'fanáticos imbecilizados' e afirma que o 'arruaceiro institucional' pode se tornar inelegível pelos tribunais superiores. Ah, e diz que Bolsonaro não tem as ruas também. Será que não?! "

Outros relembraram a demissão de Waack da Globo após o vazamento de uma fala racista em 2017:

"E pensar que cheguei a defender o Waack, aqui nas redes, quando foi demitido da Globo pela acusação de racismo..."

"William Waack, demitido por claramente expor sua opinião racista, hoje totalmente esquerdista, precisa atacar Bolsonaro e seus apoiadores com total ignorância, para poder subir no palco e ter seus 10 minutos de fama..."

Em sua coluna no jornal, William Waack também já criticou a forma como Bolsonaro lidou com a pandemia. No texto publicado logo após o primeiro turno das eleições de 2018, ele disse que estava em Nova York conversando com estrangeiros que o questionavam sobre a "onda bolsonarista". O jornalista não sabia responder se Bolsonaro faria um bom governo:

"A onda desenha uma oportunidade que pode ser ampliada com o 'capital político', como gostam de dizer os economistas, que Bolsonaro está acumulando. Soa esperançoso? Depende para trazer resultados de uma capacidade de articulação e liderança políticas que até agora ninguém demonstrou."