Na disputa entre HBO e Netflix, Amazon brilha e confirma a sua força
O anúncio dos vencedores do Emmy, neste domingo, confirmou que a Amazon já é, de fato, uma das protagonistas entre as empresas que estão produzindo conteúdo audiovisual no mercado americano.
Uma série da Amazon, "The Marvelous Mrs. Maisel", já havia sido muito bem-sucedida na edição 2018 do Emmy. Mas o resultado deste ano, com prêmios para três séries diferentes, mostrou que a empresa pode ir mais longe.
A Amazon faturou quatro prêmios importantes de comédia com a excelente "Fleabag" e, dois dias depois, já anunciou um contrato com a criadora da série, Phoebe Waller-Bridge, para desenvolver novos projetos.
O serviço de streaming ainda ganhou dois Emmy com "Mrs. Maisel", um dado à atriz Alex Borstein e outro, na categoria de atriz convidada, para Jane Lynch, além de um para o ator Ben Whishaw, da minissérie "A Very English Scandal". Sete prêmios, enfim (veja a lista completa aqui).
Incluindo todas as categorias, inclusive as técnicas, a HBO levou 34 estatuetas, a Netflix saiu com 27, enquanto a Amazon conquistou 15, um bom indicador, de fato, do seu investimento em conteúdo original. O seu catálogo ainda não se compara ao dos dois rivais, mas mostra que a empresa tem ambições.
Em julho, o serviço anunciou a sua primeira produção brasileira, um episódio da série documental "All or Nothing", que acompanha times ao redor do mundo, dedicada à seleção brasileira durante a Copa América 2019. Mas ainda é muito pouco.
Para conquistar o espectador brasileiro a empresa sabe que é necessário temperar o seu catálogo com o sotaque nativo. Isso talvez explique a recente contratação de João Mesquita para comandar a divisão da empresa no país. Trata-se de um executivo experiente, com passagens importantes pelo Telecine e pela Globoplay.
No início do mês, a empresa fez um anúncio de impacto, integrando o serviço de streaming a um pacote mais amplo de produtos, incluindo música, e-books, games e entregas de mercadorias. Tudo junto por um preço mais baixo do que o cobrado anteriormente apenas para quem assinava por conteúdo de TV. Vale acompanhar os próximos passos.
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