Velório de Paulo Henrique Amorim acontece amanhã no Rio de Janeiro
O velório do jornalista Paulo Henrique Amorim, que morreu na madrugada de de hoje, aos 76 anos, de infarto fulminante, acontecerá amanhã, de 10h às 15h, na Associação Brasileira de Imprensa, no Centro do Rio e será aberto ao público. O corpo do jornalista será cremado no cemitério do Caju, no Rio.
O jornalista trabalhava na Record desde 2003, onde apresentou o Jornal da Record - 2ª edição, ajudou a criar o Tudo a Ver e esteve à frente do Domingo Espetacular até junho passado, quando foi afastado da revista eletrônica em um momento em que fazia fortes críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PSL). Em nota, a Record informou que ele permanecia na casa à disposição para novos projetos.
A emissora divulgou uma nota de pesar em que relembrou a trajetória profissional do apresentador: "A Record TV lamenta profundamente o falecimento de Paulo Henrique Amorim e se solidariza com os amigos, familiares e admiradores. A todos, nossas sinceras condolências".
Amorim deixa uma filha, dois netos e a mulher, a jornalista Geórgia Pinheiro.
Trajetória
O jornalista estreou no jornal A Noite, em 1961, foi correspondente em Nova York da revista Realidade e trabalhou na Veja. Na TV, passou também por Manchete e Globo --onde também foi correspondente internacional--, Band e TV Cultura.
Em 1972, ganhou Prêmio Esso, um dos mais importantes do jornalismo brasileiro, na categoria informação econômica, pela reportagem "A renda dos brasileiros", publicada pela revista Veja.
Entre 2000 a 2004, o jornalista passou pelo UOL, onde foi âncora do UOL News, programa pioneiro de jornalismo em vídeo na internet brasileira.
Além do trabalho na Record, ele mantinha um blog, o Conversa Afiada, em que abordava assuntos sobre política e economia. No blog, o jornalista fazia duras críticas ao governo Bolsonaro e também a veículos de mídia, como a Rede Globo.
Hoje, o Twitter do ex-presidente Lula divulgou a última carta que ele enviou ao jornalista.
Jornalista controverso
Paulo Henrique Amorim era conhecido pelo temperamento forte, por vezes polêmico, e chegou a enfrentar processos na Justiça.
Em 2016 ele foi condenado por injúria racial contra o jornalista Heraldo Pereira, da Globo. Em um post no blog Conversa Afiada, publicado em 2010, Amorim chamou o colega de profissão de "negro de alma branca".
Ele já havia sido condenado a pagar 30 salários mínimos por ofensas ao jornalista Merval Pereira.
"Olá, tudo bem?"
O apresentador ficou famoso pelo bordão "olá, tudo bem?". O conhecido cumprimento surgiu após a participação em uma edição especial da rede americana CNN.
"A editora da CNN disse que gostaria que correspondentes estrangeiros saudassem o público americano na sua língua própria. Eu fiz uma vinhetinha falando 'Olá, tudo bem?', que é a maneira que nós brasileiros saudamos as pessoas", contou ele ao extinto Programa do Porchat.
De volta ao hotel é que Amorim se deu conta de que havia encontrado um bordão: "Um americano que me viu na CNN me reconheceu e falou: 'Olá, tudo bem?' [imitando sotaque]. Aí eu pensei: 'Opa, é um bordão'. E como diz o Boni, televisão é bordão".
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