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Diretora diz que MasterChef será como Game of Thrones: "Quem vai morrer?"

Henrique Fogaça, Paola Carosella, Ana Paula Padrão e Erick Jacquin - Carlos Reinis/Band
Henrique Fogaça, Paola Carosella, Ana Paula Padrão e Erick Jacquin Imagem: Carlos Reinis/Band

Felipe Pinheiro

Do UOL, em São Paulo

15/10/2019 04h00

O MasterChef Brasil retorna hoje (15), em sua sétima temporada com participantes amadores --ou nem tão amadores assim. Vinte cozinheiros que já participaram do reality e foram eliminados tentam uma segunda chance na edição A Revanche do programa. Mas, além do elenco, o que esperar desta nova temporada?

Pela primeira vez, desde que o programa estreou no Brasil há cinco anos, cada episódio será como uma grande final. Como já acontece no formato tradicional, serão realizadas provas que antecedem a fase eliminatória, que agora será disputada por apenas dois competidores, em formato de duelos.

Em entrevista ao UOL, a diretora do programa, Marisa Mestiço, acredita que a nova dinâmica deverá promover surpresas comparáveis às reviravoltas de séries Game of Thrones, que virou fenômeno de audiência.

"O desafio nesta temporada é "matar" profissionais. Parece série. Quem vai ser o próximo a morrer? Eu brinco que parece Game of Thrones, e eu não tenho medo de matar protagonista", diz ela, em referência à série da HBO que ficou bastante conhecida pela morte de vários personagens de destaque.

"Esta é a temporada mais crua, mais direta", completa, relembrando que os participantes selecionados seguiram o caminho da gastronomia após a primeira participação no programa.

Diferentemente dos anos anteriores, os chefs Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça já terão alguma noção sobre o histórico dos participantes —ainda que eles só descubram quem voltou ao programa no momento em que entrarem no estúdio pela primeira vez. Marisa ressalta:

Os chefs sabem quem são os participantes, mas não acompanharam eles o tempo todo. O Estefano trabalhou com o Jacquin, mas já não estava mais com ele. A imparcialidade [no momento de julgar os pratos] continua.

Diretora do MasterChef, Marisa Mestiço diz ter sido cruel com os chefs ao falar sobre a imparcialidade na hora de julgar os pratos - Carlos Reinis/Band - Carlos Reinis/Band
Diretora do MasterChef, Marisa Mestiço diz ter sido cruel com os chefs ao falar sobre a imparcialidade na hora de julgar os pratos
Imagem: Carlos Reinis/Band
A versão all stars, isto é, com ex-participantes, é uma releitura do programa que já existe na franquia de MasterChef pelo mundo. Marisa explica que já havia, há algum tempo, a ideia de trazê-la ao Brasil, mas considerou prudente aguardar por mais temporadas antes de conceber a edição no país. Ela acredita que o MasterChef A Revanche promove algo diferente também para os chefs.

"Eu achava que a revanche tinha que ser a revanche para nós mesmos. Começamos a pensar em como mexer o formato para ele se tornar desafiador para nós também", explica.

Fogaça, Paola e Jacquin em MasterChef: A Revanche - Carlos Reinis/Band - Carlos Reinis/Band
Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin em MasterChef: A Revanche
Imagem: Carlos Reinis/Band

Paola Carosella: "Não sou uma impostora"

Embora conheça os participantes de edições anteriores, Paola Carosella garante que não é mais sofrido eliminá-los agora, pela segunda vez. Ela também diz que a imparcialidade ao julgar os pratos não fica comprometida por ela, eventualmente, já gostar de determinados cozinheiros.

"Imagina se eu manipulasse uma escolha por critério social, de cor, de fofura? Eu seria uma impostora. Eu não consigo ser uma impostora na minha vida", declara ela, que a cada edição do MasterChef é acusada nas redes sociais de favorecer um ou outro participante.

A chef argentina ressalta que, em algumas ocasiões, não houve consenso entre os chefs sobre quem deveria ser eliminado, mas isso é exceção: "Foram poucas vezes. A maioria dos pratos tem erros muito fáceis de reconhecer. Não estamos avaliando a perfeição, mas amadores que vão ter erros. Fomos muito criticados na temporada passada porque escolhemos a bruscheta da Lorena. Estava incrível! Você queria comer mais. Como deixar de lado porque o outro tinha seguido uma linha conceitual com vieiras cruas? Não importa o que seja quando tem sabor e conhecimento".