Alexandra Martins diz como é dividir cenas com marido Antônio Fagundes
Em Bom Sucesso, Alexandra Martins, 40, interpreta Leila, a enfermeira de Alberto (Antonio Fagundes, 70), que teve que lidar com o mau-humor dele durante quase toda novela. Na vida real, os atores são casados desde 2016, e já dividiram uma série de trabalhos juntos, na TV e e no teatro. Atuar ao lado do marido já fez Alexandra ser vítima de comentários maldosos, mas ela diz que sente um carinho muito maior por parte do público.
"É muito pouco, não dá nem tempo de me incomodar. Eu sei da minha trajetória, do que eu estou fazendo. Acho que rótulo as pessoas só colam em você quando você deixa. Graças a Deus o público tem um carinho pela gente, os fãs do Antonio têm um carinho por mim, adoram ver a gente trabalhando juntos, os recados que a gente recebe são sempre tão positivos que não tem espaço para isso", diz ela em entrevista ao UOL.
"Eu costumo dizer: se um casal de dentista trabalhar junto alguém vai falar alguma coisa? Não né? Só que a nossa vida dá capa de revista, essa é a grande diferença. Nós somos dois dentistas que dividem um consultório, alguém vai falar alguma coisa?", complementa ela.
A atriz, que também está ao lado do amado no teatro no espetáculo Baixa Terapia, também não esconde a admiração que tem pelo companheiro.
"A gente tem uma profissão que independente do lugar onde a pessoa esteja, da experiência que a pessoa tenha, na hora da troca está todo mundo junto, e, se não estiver, não funciona. E o Antonio é um cara extremamente generoso e apaixonado pelo que ele faz. Ele jamais vai deixar na cena que você se intimide porque você está com ele. Se você conversar com os outros atores que trabalham com ele, você vai ter essa mesma sensação. Eu já vi ele errar cena, para cena voltar e o colega ir melhor", relata a atriz.
Ele tem um talento que é devastador. É uma profundidade que ele consegue dar aos personagens, uma riqueza tão grande que ele tem. Ele respeita imensamente o ofício. Não tem arte menor, uma coisa melhor que a outra. Não tem como você trabalhar com ele e não aprender isso.
Alexandra ainda conta que os dois não costumam conversar sobre cenas quando estão em casa: "Ele não estuda em casa. A pessoa além de tudo decora na hora, você quer matar. Claro que é natural que a gente fale sobre, até porque nossa vida e nosso trabalho tão ligados por tudo que a gente faz juntos. A gente fala sobre os nossos personagens, mas a gente não senta para falar sobre uma cena. Ele me dá mais dicas quando a gente está em cena do que em casa".
Enfermeira sofrida
Desde o início, Leila se mostrou preocupada em cuidar da saúde de Alberto, mesmo recebendo uma boa dose de patadas dele. A situação comoveu e divertiu o público da novela, que se compadeceu da personagem, mas, ao mesmo tempo, se divertia com o estilo carrancudo do dono da editora Prado Monteiro.
"Quando comecei a fazer a Leila, a gente não tinha muita informação do que ia acontecer com ela. A gente tem essa relação entre Alberto e Leila que é um alívio dentro daquela casa, desde o início da trama sempre tinha essa implicância do Alberto com a Leila, e é um momento de diversão. O que eu recebo de mensagem, o que as pessoas me param na rua pra falar: 'Tadinha da Leila'. Eles adoram essa relação, e o mais bonito é que a Leila não leva isso pro pessoal", conta Alexandra, que também teve ajuda de uma profissional para a composição de sua personagem.
"A gente teve no início da novela contato com médicos de pacientes terminais. E toda vez que estou gravando e tenho cenas de tratamento, tenho uma enfermeira que me acompanha. Ela fica comigo: [mostra] desde como põe a luva, até como você faz para puncionar uma veia, em que lugar do corpo você dá uma injeção. Ela brincou: 'Com você não preciso mais fazer nada, porque você está uma profissional'".
Com Bom Sucesso em sua reta final, a atriz comemora o êxito da novela, uma das de maior repercussão dos últimos anos no horário das 19h.
"Quando eu comecei a estudar a novela falei: que curioso essa novela ter sucesso no nome. Me deu uma sensação boa. A gente, desde o início, tinha uma sensação de que vinha uma história muito boa por aí, que vinha uma coisa que realmente o público estava precisado, que é falar de gente como a gente. É impossível você assistir à novela e não se identificar em algum momento com algum desses personagens, com essa história", celebra ela.
A atriz também segue com Baixa Terapia no teatro: "Tem dias que a gente tem que segurar cena enquanto as pessoas estão rindo. A gente tem uma gargalhada a cada 30 segundos. É muito divertido, a pessoa consegue botar para fora. Por mais que você tenha passado ou não por algum tipo de coisa que a gente discute durante a peça, são casais, é a vida ao vivo. A gente tem essa delícia, que são casas lotadas há 3 anos".
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