Sucesso no 'BBB', Rafael Portugal diz que eliminação de Daniel 'doeu muito'
Rafael Portugal conquista o público sempre que aparece no quadro "CAT BBB" (Central de Atendimento ao Telespectador do BBB) na função do operador sincerão que analisa o jogo dos brothers e reage de forma divertida às sugestões e reclamações do público do reality show.
Integrante do elenco do Porta dos Fundos, o humorista foi convidado para o quadro pelo diretor geral do programa, Rodrigo Dourado.
Achei incrível de cara. Obviamente fiquei com medo, é um programa que é amado no Brasil, mas era a minha oportunidade de fazer alguma coisa na Globo. Eu nunca tinha conseguido tocar alguns projetos que me convidaram por lá por conta da agenda
Portugal grava o quadro do "Big Brother" uma vez por semana, o que lhe dá tempo de se dedicar a outros projetos.
"Quando recebi o convite, falei 'é agora que vou ter oportunidade de trabalhar na Globo, que é uma curiosidade minha', tenho um monte de amigos que estão lá, Paulo Vieira, Paulo Mathias, amigos que a comédia me deu de presente. Topei e estou muito feliz".
Acompanhado de uma equipe de roteiristas, o humorista diz ter liberdade para fazer suas brincadeiras com os participantes. Ele até disse no ar que esperava que Daniel fosse eliminado.
"Estou muito feliz. Toda semana fico em primeiro lugar nos trending topics do Twitter, a única semana que perdi e fiquei em segundo foi no dia do pronunciamento do Bolsonaro. Isso é resultado de um trabalho com uma equipe incrível de roteiristas, muita gente legal envolvida. Formamos um timaço, por isso que funciona. Temos muita liberdade, mas obviamente dosamos e analisamos o que funcionou e que foi demais. Como qualquer trabalho, temos todo um cuidado, é um programa na TV aberta, visto por milhões de pessoas".
Apesar de ter feito piada com o casal formado por Marcela e Daniel e ter dito que tinha certeza da eliminação do brother, ele admite que a participação do gaúcho no reality faz falta, até como fonte de assuntos.
Cada personagem que sai dói muito no coração, principalmente os que se destacam mais, seja por conta de uma discussão ou de uma atitude engraçada. Quando o Daniel saiu, doeu muito, Para o meu quadro, perder o Daniel é muito difícil
'Não vejo a possibilidade de ser um ex-Porta'
No elenco do Porta dos Fundos desde 2015, ele não pretende seguir o que alguns colegas de elenco fizeram e largar o canal para apostar em outros projetos —caso de Letícia Lima, Júlia Rabello, Clarice Falcão e Marcus Majella. Os próprios integrantes do Porta brincam com o êxodo: o reality show que vai escolher o próximo humorista a integrar a trupe foi batizado de "Futuro Ex-Porta".
O 'Porta dos Fundos' é a coisa que mais gosto de fazer na vida, quero ficar até o último dia, até alguém falar 'gente, acabou, não tem mais 'Porta'. Não vejo a possibilidade de ser um ex-Porta, mas a gente não sabe o dia de amanhã, os projetos, entrego tudo na mão de Deus
Apesar de não querer "largar o osso" no canal, isso não significa que o ator, que já trabalhou como repositor de supermercado, auxiliar de escritório e também é músico —com faixas gravadas até por Maria Gadú— descarte outros projetos na TV.
"Se pintasse um personagem legal numa novela, eu faria. Mas hoje eu não conseguiria porque novela exige um tempo grande".
Sensível e solidário
Além de fazer rir, o humorista de 35 anos, busca ajudar com ações beneficentes. A prova recente disso foi a mobilização para arrecadar alimentos para os moradores do bairro de Realengo, na zona Norte do Rio, onde nasceu. No início do ano, enchentes provocadas pelas chuvas no Rio de Janeiro, fizeram com que muitas família perdessem tudo. Para ajudar, ele fez três shows de stand-up na Lona Cultura Gilberto Gil.
"Minha relação com o bairro é de amor, meus melhores amigos são de Realengo e ainda moram lá. Eu comecei a minha carreira naquela lona cultural. Quem organizou esses shows foram meus amigos que estiveram comigo no meu primeiro canal do YouTube. Olha a importância de Realengo na minha vida".
Em conversa com o UOL, Rafael se emociona e chega a chorar ao relembrar sua relação com o bairro onde nasceu e sua infância por lá.
"Tudo que vivo hoje veio da oportunidade de ter começado na lona. Foi assim que comecei um canal de humor. Conseguimos arrecadar uma tonelada de comida para essas pessoas que sofreram tanto por conta desse desastre. É o mínimo que posso fazer e quero fazer muito mais, logo logo conto de um projeto que tenho por lá", adianta.
Otimista, ele tenta enxergar um lado bom até mesmo quando recorda das dificuldades que passou na infância com a família.
"Mesmo as dores contribuíram para eu chegar onde cheguei. Meu pai morreu quando eu tinha 7 anos, minha mãe saía para trabalhar e quem tomava conta de mim era a minha avó. Passamos por algumas dificuldades, mas não passei fome, sempre tinha alguém ajudando a não faltar o alimento".
'Aprendemos o valor de um abraço'
Essa ligação afetiva com a família e com o lugar onde nasceu e cresceu, faz Rafael pensar nestes tempos de isolamento social.
Ligue para os seus amigos de infância, faça vídeos, brinque com os seus filhos, aproveite o que dá para tirar de bom dessa doença desgraçada que infelizmente tem tomado conta do mundo. A gente pode transformá-la em bênção em alguns momentos, como estar mais perto dos nossos filhos para conversar, trocar uma ideia. Aprendemos agora o valor de um abraço, de um aperto de mão, de um beijo.
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