Grupo Editorial Record rescinde contratos de Constantino após polêmica
Após declarações de Rodrigo Constantino a respeito do caso de Mariana Ferrer, o Grupo Editorial Record comunicou na noite de hoje que, "em comum acordo com o autor", rescindiu os contratos com o jornalista.
O Grupo já não havia publicado os livros mais recentes de Constantino.
Mais demissões
Durante uma transmissão ao vivo publicada em seu canal no YouTube, Constantino disse que não faria denúncia se a filha dele tivesse sofrido um estupro enquanto estivesse bêbada. A declaração levou à demissão do jornalista do quadro de comentaristas da Jovem Pan.
A RecordTV também anunciou o seu desligamento, assim como fez a Rádio Guaíba, e o jornal Correio do Povo, que pertencem ao grupo Record.
Em nota, a Record disse que "a decisão foi tomada em virtude das posições que o profissional assumiu publicamente sobre violência contra a mulher, em canais que não têm nenhuma vinculação com nossas plataformas. O jornalismo dos veículos do Grupo Record tem acompanhado com muita atenção o caso de Mariana Ferrer e o Grupo não poderia, neste momento, deixar qualquer dúvida de que justiça não se faz responsabilizando ou acusando aqueles que foram vítimas de um crime."
A emissora acrescentou: "Apesar de ter garantias de liberdade editorial e de opinião, julgamos que o posicionamento adotado por Constantino não compactuou com o nosso princípio de não aceitar nenhum tipo de agressão, violência, abuso, discriminação por questões de gênero, raça, religião ou condição econômica."
Em mensagem no Twitter, Constantino comentou a decisão e afirmou que a emissora foi "mais um veículo que não aguentou a pressão", alegando que "o departamento comercial pede 'arrego', pois recebe pressão de fora, dos chacais e hienas organizados, dos 'gigantes adormecidos'."
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