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'Mal-entendido': atriz esclarece acusação de agressão contra Adam Driver

Adam Driver no Festival de Cannes, 2016 - Denis Makarenko/Shutterstock.com
Adam Driver no Festival de Cannes, 2016 Imagem: Denis Makarenko/Shutterstock.com

Do UOL, em São Paulo

04/02/2021 14h18

A atriz portuguesa Lidia Franco, que na terça-feira acusou Adam Driver ("Star Wars") de agressão no set de "O Homem Que Matou Dom Quixote", quis explicar melhor o "mal-entendido" em torno de sua entrevista.

Considerei o comportamento do ator pouco delicado, porque na preparação de uma cena não teve o cuidado que julgo que deveria ter tido. As nossas personagens tinham que estar fisicamente próximas e, cada vez que ele se levantava, com o grande ímpeto do seu personagem, para fazer o resto da cena, a cadeira onde estava sentado tocava-me com uma certa força, o que me incomodou."
Lidia Franco explica situação no set ao site Nit

Franco, de 76 anos, explicou que o seu incômodo era visível, mas que Driver pareceu não se importar com isso e repetiu o mesmo gesto descuidado em todas as tomadas da cena.

Ela disse, no entanto, que não quis prejudicar o ator norte-americano com sua declaração. "Não foi uma agressão, nem nunca senti ou reportei que fosse essa a intenção do ator. Lamento todo o mal-entendido", comentou.

A atriz portuguesa Lidia Franco - Reprodução/IMDb - Reprodução/IMDb
A atriz portuguesa Lidia Franco
Imagem: Reprodução/IMDb

A acusação

Na entrevista original de Franco, ao podcast "Era o que Faltava", da Rádio Comercial, ela dizia: "[Driver] portou-se muito mal comigo, fisicamente. Agrediu-me. Não tinha nada a ver com a cena. [...] Foi uma agressão camuflada, com uma cadeira".

A atriz não quis entrar em mais detalhes, dizendo que Driver é "extraordinário como ator, mas uma péssima pessoa", se referindo também a exigências absurdas que ele teria feito no set.

"Ele exigia, e acho que por contrato, que ninguém podia olhar para ele. Se os figurantes olhassem, eram imediatamente despedidos, o que aconteceu! E muito mais que eu não digo", comentou.

A atriz ainda disse que a produção de "O Homem Que Matou Dom Quixote" falou com ela após as filmagens, se desculpando pelo comportamento de Driver, mas dizendo que "não podiam fazer nada sobre isso", por causa do contrato que assinaram com o ator.

Sobre esta segunda parte do relato de Franco, a produtora Ukbar Filmes, que ajudou a realizar o longa onde os dois contracenaram, negou que Driver fazia esse tipo de exigência, realçando ainda que, "no contexto de produções internacionais, por vezes há incompreensões ou más interpretações de parte a parte".