Malu Galli, a Lídia de 'Amor de Mãe', fala sobre envelhecimento e aceitação
Malu Galli, que está no ar no reprise de 'A Vida da Gente' (2011), no horário das seis da Globo, e no horário nobre com a volta de 'Amor de Mãe', contou em uma recente entrevista à revista Quem como foram feitas as medidas de segurança da emissora contra a pandemia de Covid-19, o novo coronavírus, para que a novela pudesse retomar as gravações. A atriz de 49 anos também falou sobre envelhecimento e aceitação.
"Os camarins foram totalmente individualizados. Estávamos totalmente saudosos e quando chegamos foi tudo totalmente diferente. Além dos atores com quem contracenei, não encontrei nenhum outro colega do elenco. Para me ajudar, sempre a mesma camareira e maquiadora. Aliás, a sala de maquiagem, ambiente de muitos encontros e falação, agora anda vazia. Todo mundo ficou com uma sensação de melancolia", contou.
Ela, que vive a sofisticada e rica Lídia em 'Amor de Mãe', falou sobre o visual e os elogios que recebe por conta da aparência:
"Hoje em dia, vemos o cabelo cacheado muito mais charmoso do que aquele cabelo esticado de chapinha. Acho jeca aquele cabelo de chapinha, está por fora (risos). As mulheres verdadeiramente chiques assumem o movimento natural de seus cabelos, seja ele liso, cacheado, ondulado ou crespo. Acho que a gente está cada vez mais se libertando da prisões. Atualmente, vemos muitas mulheres assumindo os brancos e acho chiquérrimo", avaliou ela.
Malu, que é casada com o artista plástico Afonso Tostes e mãe do estudante de jornalismo Luiz Tostes, de 19 anos, contou ainda que passou a maior parte da quarentena ao lado deles, porém, as coisas estão mudando:
"Meu filho foi morar sozinho e alugou um apartamento. Devo admitir que vivi aquele lance do 'ninho vazio' no fim de 2020, uma melancoliazinha, mas já passou", desabafou.
Ao ser questionada sobre o seu momento de vida e idade, Galli afirma que tem orgulho de estar chegando aos 50 anos e que é a sociedade que tem vergonha da velhice:
"Não tenho problema em falar de idade. Esse lance de que a mulher não pode ser perguntada sobre a idade reflete que a mulher não pode envelhecer. A mulher pode e deve envelhecer, mas nossa sociedade tem vergonha da velhice. A velhice é bem-vinda, é sabedoria, é poder. Tem gente que prefere virar monstro a envelhecer (risos). Isso acaba causando uma grande doença coletiva. A gente tem que ter orgulho de envelhecer. Falo com muito orgulho dos meus 49 anos, apesar de viver a crise dos 50 (risos). Isso aí não tem jeito".
Apesar da experiência, Malu também ressaltou algumas questões internas que surgiram ao estar perto dos 50 - e ela garantiu, que não tem nada a ver com estética, vaidade ou aparência:
"Questões internas, sabe? Posso falar por mim que não é a questão da aparência. São questões internas que mudam, um olhar para você mesma, um olhar mais seletivo. Também há um cansaço - não o cansaço físico, mas o cansaço de algumas situações, uma impaciência, perda de algumas ilusões. No fim das contas, acho positivo. Passar por isso é um pouco dolorido em alguns momentos. Você percebe que não é mais a mesma", finalizou.
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