Tribo venerava Philip como divindade; título agora pode ir para Charles
A notícia da morte do príncipe Philip, aos 99 anos, chegou com alguns dias de atraso a Vanuatu, um país da Oceania em que algumas tribos veneram o marido da rainha Elizabeth 2ª como uma divindade. Agora, o título poderá ser "transferido" para o príncipe Charles.
A história de Philip com as tribos Yakel e Yaohnahen data de 1974, quando o casal real visitou Vanuatu e o consorte da rainha presenteou as tribos com um porco. Logo, os seus líderes concluíram que Philip era a encarnação de uma antiga profecia.
Na lenda dos Yakel e dos Yaohnahen, um guerreiro poderoso deixou as tribos muitos séculos atrás, prometendo retornar "com uma poderosa esposa branca" e selar, assim, a paz entre os nativos e os colonizadores.
Identificando Philip como este guerreiro reencarnado, os líderes das tribos (hoje com em torno de 400 integrantes) aguardaram pacientemente pelo retorno dele ao território. Agora, dizem que "o corpo do príncipe continuará no Reino Unido, mas seu espírito se juntará a eles".
O marido da rainha, inclusive, nunca abandonou seus "seguidores": o palácio e as tribos trocaram correspondências por décadas depois da visita de Philip ao país; e, em 2007, cinco membros das comunidades visitaram o Castelo de Windsor para uma reunião com o monarca.
Enquanto isso, seguindo as tradições dos Yakel e dos Yaohnahen, a posição de honra que era de Philip nos rituais religiosos das tribos deve ser passada para o seu filho mais velho, o príncipe Charles — mas só se a família real concordar.
"Eles disseram que, se Charles quiser assumir o título do pai e manter a conexão com eles, seria muito bom. Mas, se não, o espírito do príncipe Philip deve passar para outro de seus filhos ou netos, e seguir a tradição no futuro", disse o oficial de cultura de Vanuatu, Jean Pascal White.
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