Mulher de DJ Ivis conta que 1ª agressão aconteceu quando estava grávida
Pamella Gomes de Holanda, mulher de Iverson de Souza Araújo, o DJ Ivis, participou do "Encontro com Fátima Bernardes" de hoje.
No programa, ela contou o que sente ao ver as imagens em que é agredida, e revelou que a primeira violência que sofreu do companheiro aconteceu quando ainda estava grávida da filha, Mel.
A sensação que eu tenho é de que não sou eu, que não é minha vida, eu não consigo assimilar. disse Pamella sobre os vídeos divulgados nesta semana
Ela também comentou que optou por publicar os vídeos com medo de ter sua palavra desacreditada.
Eu tinha medo que fosse desacreditada pelo fato de ele ser conhecido e ter influência. A gente vive em um país machista e nós mulheres somos criadas nessa cultura. Eu tinha medo de que, pelo fato de ele ser homem e eu mulher, e a gente quase nunca ter voz e espaço, eu pensei 'tenho que provar que isso acontece e que ele faz isso comigo.' Se fosse só minha palavra contra a dele, eu ia viver tentando provar. contou
Questionada pela apresentadora se pensou em denunciar Iverson desde a primeira agressão, Pamella disse que as violências se repetiam enquanto ela tentava justificar para si mesma o motivo de tudo aquilo.
Eu tentava pra mim mesma justificar que ele fazia aquilo por conta do temperamento dele, eu mesma queria justificar, porque eu não acreditava que ele pudesse fazer aquilo comigo. considerou
Contando que tem medo do companheiro até hoje, Pamela finalizou sua entrevista dizendo que não esperava ter se tornado um exemplo sobre violência contra a mulher, encorajou outras mulheres que estiverem vivendo a mesma situação a denunciarem seus parceiros e fez um apelo às autoridades.
Eu não queria ser um exemplo dessa situação. Jamais imaginei isso para a minha vida, não quis e não procurei. Mas espero que isso que tem acontecido comigo, principalmente a questão da proporção que tem tomado, que não seja só pra mim, que não seja só porque foi com alguém que é conhecido. É um apelo, que as autoridades e os órgãos competentes deem atenção a todos os casos. Isso é rotina no nosso país e acho que agressão e violência não é forma de expressão e não deve ser rotina dentro de casa. Eu encorajo todas as mulheres a denunciarem. Eu acredito que um homem que bate em uma mulher não é um doente, eu acredito que ele faz isso por escolha. Não há justificativa, não é desvio de caráter ou comportamento, é uma escolha. finalizou
Entenda o caso
Pamella Gomes de Holanda, companheira de Iverson de Souza Araújo, o DJ Ivis, compartilhou nas suas redes sociais uma série de vídeos que mostram o artista a atacando com tapas, socos e chutes. Também via Instagram, ele confessou as agressões, mas disse que é vítima de uma chantagem.
Os trechos divulgados por Pamella foram feitos, segundo ela, na residência do casal, em datas diferentes. O UOL assistiu aos vídeos, mas por conta do teor violento não iremos compartilhá-los. Em certo momento, Ivis agride a mulher com ela próxima ou até mesmo segurando a filha Mel, de nove meses.
No seu Instagram, DJ Ivis também compartilhou vídeos de Pamella tentando agredi-lo e um boletim de ocorrência feito em março. No depoimento à polícia, o produtor afirmou que discutiu com a mulher e que estava "constrangido" e "com medo do comportamento desequilibrado" da companheira.
No último dia 3 de julho, Pamella foi à polícia e fez um boletim de ocorrência por agressão contra Ivis. No dia seguinte, o MP (Ministério Público) solicitou uma medida protetiva para a mulher e a filha, o que foi concedido pelo TJ-CE (Tribunal de Justiça do Ceará).
A Polícia Civil do Ceará disse que investiga o caso, mas que só teve acesso aos vídeos ontem.
Quem é DJ Ivis?
Compositor, produtor e cantor, Ivis é um dos principais nomes do forró brasileiro, tendo sucessos como "Volta Bebê, Volta Neném", "Esquema Preferido" e "Não Pode se Apaixonar". O produtor tem mais de 7 milhões de ouvintes mensais no Spotify.
Iverson é nascido na Paraíba e tem 29 anos.
Como denunciar violência contra a mulher
Mulheres que passaram ou estejam passando por situação de violência, seja física, psicológica ou sexual, podem ligar para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher. Funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo Whatsapp no número (61) 99656-5008.
Também é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
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