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Renovada para 2ª temporada, "3%" pode melhorar, dizem atores sobre críticas

Candidatos são submetidos a um árduo processo seletivo em "3%", série brasileira da Netflix - Pedro Saad/Netflix/Divulgação
Candidatos são submetidos a um árduo processo seletivo em "3%", série brasileira da Netflix Imagem: Pedro Saad/Netflix/Divulgação

Beatriz Amendola

Do UOL, em São Paulo

05/12/2016 17h40

Primeira série brasileira da Netflix, “3%” foi lançada há pouco mais de uma semana, mas já causou intensa divisão entre público e crítica especializada. A série foi descrita como dona de “uma história poderosa e humana”, “precária” e “constrangedora” – e tanto os que a elogiam quanto os que a criticam são quase unânimes em apontar que a produção deixa claro seu baixo orçamento (de R$ 10 milhões por oito episódios, segundo a “Folha de S. Paulo”).

Para parte do elenco, que conversou com o UOL no domingo (4) antes da renovação da série distópica ser anunciada durante painel da Netflix na CCXP (Comic Con Experience), as críticas já eram esperadas – e podem guiar ajustes no futuro. 

“Como artista, é importante a gente ouvir as críticas e absorver isso. Tanto as críticas positivas, de ver o que talvez esteja legal, o que as pessoas gostaram, como as negativas, para em um próximo trabalho a gente poder melhorar", diz Rodolfo Valente, que interpreta o Rafael na trama. "A crítica para mim vai sempre nesse viés positivo, de que pode ficar melhor."

Vaneza Oliveira, a Joana, disse que talvez as pessoas estivessem esperando uma história mais carregada na ficção científica, quando na verdade o drama humano fica em primeiro plano. “A gente sabia que não era bem uma ficção científica. A gente queria colocar no futuro, mas em um mundo pós-apocalíptico, em que as coisas estavam escassas. Acho que ficou muito na expectativa. Mas acho que está bom, porque tem um equilíbrio entre críticas positivas e as criticas mais pesadas, e as mais interessantes são aquelas que a gente fala, ‘realmente, tem que arrumar’”.

Rafael Lozano, que vive Marco, ressaltou que a série faz parte de um gênero ainda incipiente no Brasil. “Acho que é um começo. Uma hora ia ter que começar a fazer, e começamos. Vai ter sempre crítica boa e crítica ruim. Eu não gosto de ler crítica quando eu vejo que o pessoal vai fazer e assistiu só ao primeiro episódio, não viu a série toda e faz até comentários equivocados. Mas eu acho que está tudo certo. Ela está indo bem”.

A reação positiva dos fãs foi destacada por Michel Gomes, o Fernando. “A gente chega no hotel e tem fãs da série esperando a gente na porta. Pra gente, isso que é incrível, receber esse carinho, esse amor. Mas é claro que estamos dispostos a ter tanto o [retorno] positivo quanto o negativo. Basta a gente pegar da melhor forma possível e levar para o lado bom. Estamos felizes acima de tudo”.

"3%" se passa em um futuro próximo em que o Brasil divide-se em duas castas: grande parte da população mora numa região referida como Continente, e quando completam vinte anos de idade, os jovens têm a oportunidade de passar para onde reside uma elite financeira, num lugar conhecido como Mar Alto. Só os 3% que batizam a trama conseguem ser aprovados no processe seletivo e conquistar uma vaga nessa nova terra (leia mais).