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Governo do Reino Unido cobra ação da BBC sobre entrevista da princesa Diana em 95

Martin Bashir entrevista a Princesa Diana no programa "Panorama" - Getty Images
Martin Bashir entrevista a Princesa Diana no programa "Panorama" Imagem: Getty Images

Michael Holden e Paul Sandle

Da Reuters, em Londres

24/05/2021 11h37Atualizada em 24/05/2021 11h42

"A BBC precisa agir logo para restaurar a confiança depois que um relatório sobre a forma como a rede conseguiu uma entrevista com a princesa Diana em 1995 expôs falhas no cerne da emissora mantida com fundos públicos", disse o governo do Reino Unido hoje.

O secretário da Cultura britânico, Oliver Dowden, afirmou que o governo não "ficará assistindo" depois do relatório — que concluiu que o jornalista Martin Bashir obteve a concordância de Diana agindo de má-fé e que mais tarde os chefes da BBC acobertaram seu erro.

"Não faremos reformas às pressas, mas usaremos o mandato intermediário (de 2022) para determinar se a governança e os arranjos regulatórios deveriam ser fortalecidos", escreveu Dowden no jornal Times.

Princesa Diana - Graphic News - Graphic News
Casamento da princesa Diana e do príncipe Charles
Imagem: Graphic News

Ele disse que "a BBC pode sucumbir ocasionalmente a uma atitude do tipo 'sabemos o que fazemos' que se afasta tanto do senso crítico quanto dos valores de todas as partes da nação que ela serve".

O fisiologismo em qualquer organização resulta na falta de desafio e na tomada de decisões ruins. É por isso que a mudança cultural precisa ser um foco do diretor-geral e novo presidente na esteira do relatório Dyson.

O inquérito comandado pelo ex-juiz John Dyson sobre a entrevista de 1995 provocou críticas generalizadas à emissora, incluindo uma repreensão inédita do filho mais velho de Diana, o príncipe William.

Na entrevista, Diana disse que havia "três pessoas" em seu casamento, referindo-se a relação de Charles com Camila Parker Bowles — com quem Charles se casaria em 2005.

O conselho da rede disse hoje que analisará a eficácia das políticas editoriais e de governança da emissora, financiada por uma taxa de licenciamento paga por todos os telespectadores domésticos.

Os membros da família real britânica