Nem esquerda, nem direita: Os famosos que já ficaram 'em cima do muro'
Tem os artistas que fazem do seu trabalho ou da sua visibilidade um instrumento para reflexão sobre o que está acontecendo no país — principalmente numa pandemia que já matou 504.897 brasileiros de covid-19, segundo dados obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Samantha Schmütz, que em 2018 já mostrou que não apoiava o então candidato Jair Bolsonaro, fala abertamente sobre política, participa de manifestações e cobra posicionamentos.
A atriz perdeu o amigo Paulo Gustavo, aos 42 anos, vítima da covid-19. O humorista também era crítico à gestão do governo federal — agora em nova polêmica com a compra de vacinas da Covaxin com valor 1000% a mais alto do que anunciado pela fabricante.
Até fora da pandemia, os famosos se posicionam: em 2016, em meio às manifestações contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Márcio Garcia, Marcelo Serrado, Luana Piovani e Susana Vieria desfilaram nas ruas do Rio de Janeiro com o rosto do então juiz federal Sergio Moro estampado nas suas camisetas verdes e amarelas.
Em 2020, fãs e colegas cobram dos artistas posições. Mas há quem prefira o silêncio, mesmo com o presidente questionando o uso de máscaras — que previnem o risco de transmitir a covid-19 —, a demora com os emails da Pfizer e o incentivo a medicamentos sem eficácia.
Ivete Sangalo
Ivete Sangalo ficou na isenção até ontem. Antes, ela pediu vacina para a toda população brasileira em conversa com Ana Maria Braga. Enquanto a apresentadora incentivou os protestos de maio e direcionou críticas ao presidente Bolsonaro, ivete não citou cargos.
Depois, ela lamentou os 500 mil mortos, mas amenizou: "É estarrecedor pensar sobre as milhares de vidas ceifadas e dores irreparáveis em torno dessas perdas. Não é sobre partidos, é sobre humanidade".
Depois, ela disse que o governo atual não a representava, sendo um pouco mais incisiva.
Entendo o quão necessário é nesse momento não estebelecer dúvidas sobre o que acredito. Esse governo que aí está não me representa nem mesmo antes da ideia dele existir. E isso vamos resolver quando unirmos forças nas próximas eleições através do poder do voto.
Juliana Paes
Foi num post sobre não ser de esquerda, nem de diretita — e sem sinalizar se seria do centro de algum dos dois —, a atriz Juliana Paes gerou discussão que se estendeu nas redes sociais.
A fala veio após ela defender a médica Nise Yamaguchi após o depoimento da médica à CPI da Covid.
Você critica a minha escolha de não militar publicamente escolhendo um dos lados políticos nesse debate todo, então deixa eu te falar sobre o que eu penso. Estamos vivendo um dos momentos mais nebulosos. O mundo inteiro está angustiado. Qualquer assunto é politizado, é um maniqueísmo. Eu não sou bolsominion (apoiadora de Bolsonaro), como adoram acreditar.
Contudo, em 2016 ela se posicionou: participou de um protesto contra a corrupção vestida de cores do Brasil.
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