SBT desiste de usar o nome "Aqui Agora" em telejornal

Em vez de "Aqui Agora", como chegou a ser anunciado, o SBT decidiu recorrer a um outro título, para o jornal que estreia na próxima segunda-feira, dia 23.

O programa vai se chamar “Boletim de Ocorrências”, com apresentação de Neila Medeiros.

O anúncio que o "Aqui Agora" voltaria para a programação do SBT foi feito no último dia 11. Um vídeo, exibido no intervalo de sua programação, fez uma chamada anunciando a novidade e apresentou a jornalista Neila como "a mulher escolhida para enfrentar Marcelo Rezende e José Luiz Datena", fazendo referência aos âncoras dos principais telejornais policiais da concorrência, respectivamente Record e Band.

Neila, que se destacou como âncora do "SBT Brasília", foi chamada pelo diretor nacional de Jornalismo, Marcelo Parada, para cobrir as férias do César Filho no "Jornal do SBT – Manhã". A proposta para mudar para São Paulo, de forma definitiva, depois 5 anos de Brasília, aconteceu no início de agosto e, em setembro, a jornalista soube que apresentaria um jornalístico com casos policialescos.

O 'Aqui Agora" trouxe para a TV brasileira um estilo de jornalismo policialesco até então visto com reservas pelas emissoras de TV. Mostrando assassinatos, crimes escandalosos, tiroteios e sequestros (do quais muitas vezes os próprios repórteres eram vítimas) foi pioneiro no uso do gerador de caracteres e na câmera de mão. Também tinha um quadro de defesa do consumidor, comandado por Celso Russomano, que hoje repete a fórmula no "Programa da Tarde" da Record.

Dentre os jornalistas que se tornaram estrelas no comando do programa, estavam Ivo Morganti (que assim como Russomano ingressou na política graças à popularidade do programa), Patrícia Godoy, Sérgio Ewerton, Christina Rocha, Sônia Abrão, Jorge Helal, Luiz Lopes Corrêa, Sílvia Garcia e Liliane Ventura.

Mas quem se tornou a voz do programa foi o repórter Gil Gomes, devido a seu jeito peculiar de narrar as histórias. Na equipe de reportagem também estiveram Wagner Montes, Jacinto Figueira Júnior, conhecido como "o Homem do Sapato Branco", e César Tralli, que hoje é apresentador do SPTV.

O jornal criou também uma tendência que seria seguida pela maioria das emissoras e, mais tarde pelos sites de notícias, que era comprar material de cinegrafistas amadores e independentes.