A revolta do Galvão com uma seleção que não tem nada de Brasil

Galvão Bueno terminou a transmissão do jogo do Brasil, após o vexame da eliminação contra o Peru, sem voz e visivelmente irritado. Fora o seu lado torcedor, sempre muito acentuado, teve também a reação de alguém que se entrega inteiramente a um trabalho, e não é correspondido.
Pior que tudo é ver pessoas como o respeitado Casagrande e o premiado Ronaldo, durante toda a transmissão, considerarem de bom para ótimo o futebol apresentado. A que ponto chegamos.
Uma seleção organizada pela CBF, cujo principal dirigente não viaja com ela com medo de ser preso, não pode merecer o respeito de nenhum brasileiro.
E muito menos despertar qualquer outro tipo de sentimento em ninguém, que não seja o desprezo.
Um time de futebol, montado à base de interesses e por pessoas que não estão até moralmente habilitadas para desempenhar tal função, não pode representar uma nação.
E os que sofrem com ela, preparem-se, porque agora vem uma Olimpíada pela frente.
*Colaborou José Carlos Nery