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Após determinação da Justiça, Izabella Camargo é reintegrada ao Grupo Globo

Izabellla Camargo foi reintegrada ao Grupo Globo na manhã desta segunda-feira - Instagram
Izabellla Camargo foi reintegrada ao Grupo Globo na manhã desta segunda-feira Imagem: Instagram

Colunista do UOL*

23/09/2019 10h47

Atendendo determinação da Justiça, a jornalista Izabellla Camargo foi reintegrada hoje ao quadro de funcionários do Grupo Globo.

Izabella Camargo - Instagram - Instagram
Crachá postado pela jornalista nas redes sociais
Imagem: Instagram

A partir de agora, em vez da televisão, apresentação e reportagem nos vários telejornais, ela passará a prestar serviços no portal de notícias do G1.

Entenda o caso:

Em 4 de julho de 2019, a Justiça determinou que a TV Globo reintegrasse a jornalista ao seu quadro de funcionários. Um oficial levou a notificação ao prédio da emissora, em São Paulo. A cena chamou a atenção de quem estava por perto, e a notícia pegou de surpresa os colegas de emissora.

O Tribunal Regional do Trabalho exigiu a reintegração da jornalista, dispensada após retorno de uma licença médica, para a recuperação da Síndrome de Burnout. A origem da síndrome no ambiente profissional foi reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em maio deste ano.

A jornalista disse estar feliz com a decisão da Justiça e "por perceber que as dores invisíveis e as doenças ocupacionais estão sendo levadas mais a sério". Izabella, porém, em julho passado, procurou a emissora para conversar sobre sua situação e foi impedida de entrar.

"Estive lá e ouvi que eles ainda não haviam pensado sobre o meu caso. Eles me receberam na calçada, a conversa foi feita de pé, na rua. Eu agradeci e segui a vida", informou.

Izabella Camargo fala sobre crise de Burnout

UOL Entretenimento

Síndrome Burnout:

A Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um acúmulo de estresse e exaustão relacionados ao trabalho. Os sintomas são físicos e psíquicos.

Izabella precisou se afastar do seu posto como apresentadora nos programas "Hora 1" e do "Bom Dia Brasil", onde fazia o horário da madrugada desde 2014, a pedido de seus médicos. Ao retornar da licença, foi demitida.

Os alertas de seu organismo começaram em 2016. Com o trabalho de madrugada, seu corpo não estava produzindo serotonina e ela começou a tratar um quadro de depressão. Em seguida, insônia e exaustão.

Para manter seu ritmo de trabalho, tomava remédios para conseguir dormir e depois remédios para ficar acordada. Os médicos indicaram que seu horário de trabalho estava prejudicando sua saúde. No entanto, seus superiores na Globo não atenderam a seu pedido para mudar seu turno na programação.

"A pessoa já acorda cansada. Depois começa a ter problemas de concentração e memória, não consegue terminar tarefas ou manter a atenção nelas por muito tempo. Além de apresentar um quadro de depressão. Não é um sintoma único, mas uma série de situações em sequência", comentou a jornalista.

*Colaborou José Carlos Nery

Flávio Ricco