Carta de despedida: o adeus do melhor amigo do Gugu
Resumo da notícia
- "Viva a Noite" tinha três apresentadores
- Gugu deixou a faculdade de odontologia para trabalhar como produtor
- Homero Salles explica por que não virá ao Brasil
Muitos têm procurado manifestar carinho e amizade pelo Gugu Liberato. Poucos, no entanto, foram tão próximos a ele, e durante tanto tempo, como Homero Salles.
Homero foi seu diretor no "Viva a Noite", lançado pela TV S, em 1982.
A ideia do programa foi da argentina Nelly Raymond. O título compreendia a produção de três quadros: "Noite de Mistério", com Jair de Ogum; "Festival Internacional da Canção", com Ademar Dutra e "Hoje Quem Dança é Você", com o Gugu.
Homero, que antes já tinha colocado Gugu para participar da transmissão do concurso Miss Brasil, realizado no ano anterior, mostrou a fita para Nelly:
"E ela gostou. Ele estava muito bonito e se saiu muito bem".
Só que a proposta dos três quadros durou poucos meses. Primeiro foi diminuído para dois e, em seguida, só ele ficou.
Homero e Gugu tornaram-se amigos desde aquele tempo. Ou desde 1979 quando eram produtores juntos. Gugu, na ocasião, deixou a faculdade de odontologia. E de lá até agora nunca mais se separaram.
Embora, já há algum tempo morando em Portugal com a família, Homero foi um dos primeiros a viajar para os Estados Unidos e está lá desde quinta-feira, prestando todo apoio à família.
Porém, partiu dele a decisão de não vir ao Brasil para acompanhar o velório e sepultamento. A despedida do amigo aconteceu, nos derradeiros momentos da vida dele, nos trinta minutos que estiveram a sós em sua última visita à UTI.
Homero colocou em uma mensagem, os motivos da sua decisão:
Homero Salles, amigo e diretor do Gugu durante 40 anos, pediu espaço a coluna para divulgar o seguinte texto:
Estive desde o primeiro dia aqui em Orlando, dando suporte a família do Gugu, tentando entender os desígnios de Deus e totalmente inconformado com essa fatalidade.
Quem conheceu nossa amizade sabe o que estou passando. Não preciso dizer nada...
Consegui estar ao seu lado ainda com um sopro de vida e tive o privilégio de poder despedir-me, sozinhos no quarto do Hospital, onde pude dizer o quanto o amava e a falta que ele vai fazer em minha vida...quisera eu, que fosse mais uma conversa e não um triste monologo.
Esses momentos a sós, foram a minha dolorosa despedida...
Era mais que um amigo partindo...era a pessoa com quem mais conversei em minha vida, meu parceiro de milhares de horas de trabalho e outras milhares de horas de convívio, viagens maravilhosas com nossas famílias, momentos inesquecíveis e conversas intermináveis.
Não tenho mais lágrimas para derramar e não tenho a força de sua mãezinha, Maria do Céu, que aos 90 anos, consegue com seu exemplo firme e forte, manter a família de pé, para ir ao seu funeral...eu ficarei agora de longe, na retaguarda, como sempre estive e orando muito para que ele tenha a paz que merece e que o Senhor Jesus o acolha em seus braços.
Adeus Gugu e como você sempre dizia... - vamos falando ...
*Colaborou José Carlos Nery
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