Âncora da CNN vence Covid19 e conta apelo a médico: 'Não me deixe morrer'
Resumo da notícia
- Luciana Barreto volta nesta segunda à CNN Brasil após se recuperar da Covid-19
- "Doutor, não me deixe morrer", pediu âncora ao ser diagnosticada com a doença
- "Quando saí, dia 16, eram cerca de 1900 mortes. Hoje são mais de 6 mil"
Luciana Barreto, que divide a apresentação do "Visão CNN" com Cassius Zeilmann, nas tardes da CNN Brasil, volta nesta segunda-feira ao trabalho após se recuperar da Covid-19. A jornalista, afastada desde o dia 16, conversou com a coluna.
Como foi a sua reação ao ser diagnosticada com a Covid-19?
LB - Foi uma mudança completa na vida. Optei por isolar minha filha no quarto dela, porque ela só tem 12 anos e somos só nós duas na casa. Eu circulei de máscara e luvas quase o tempo todo para manter a rotina de cuidados durante os 14 dias.
Teve algum temor?
LB - Curioso. A doença é muito agressiva. Nunca tinha tido tempo para pensar sobre a morte... quando você sofre um acidente de carro, por exemplo, o risco de morte existe mas não há tempo para pensar. Só depois que acontece. Neste caso é o contrário. Me lembro que na primeira consulta com o médico, horas depois do diagnóstico, eu pedi: "doutor, não me deixe morrer, por dois motivos: o mais importante, minha filha precisa de mim. Segundo, eu sou uma das pouquíssimas âncoras negras deste país. É difícil chegar neste lugar. Não deixe ser menos uma." Ele riu e me disse: "você vai ficar bem. O Douglas [Tavolaro, CEO da CNN] me pediu para cuidar muito de você."
Nesse período de isolamento, quem mais te fortaleceu?
LB - Foram inúmeros auxílios remotos, mas quero destacar o carinho e o cuidado do meu médico, dr. Roberto Christiano Gaspar de Oliveira. Profissional incrível! Monitorou cada sintoma com uma presteza sem igual. Entrou com medicamentos necessários na hora certa e, neste momento, acabou de me liberar para abraçar minha filha. Foi emocionante!
Você volta ao trabalho hoje na CNN. No seu caso, por ter enfrentado o coronavírus, como retomar o trabalho, diante de um cenário tão difícil para o País? Tem uma insegurança?
LB - Sempre é difícil retomar o ritmo dos colegas. Na minha quarentena, dois ministros caíram, o cenário político ficou intenso, as mortes aumentaram muito. Quando saí, dia 16, eram cerca de 1900 mortes. Hoje são mais de 7 mil. Não sei quanto será agora, mas volto mais madura, com mais conhecimento da doença e com muito mais devoção ao jornalismo. Em poucos dias estarei com ritmo novamente.
Antes de chegar à CNN, a jornalista passou por vários veículos, como Band, BandNews, GNT, TV Brasil e Futura.
*Colaborou José Carlos Nery
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