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Flávio Ricco


CBF joga contra os interesses do futebol brasileiro

Vagner Love comemora gol do Corinthians - Robson Ventura-25.out.2015/Folhapress
Vagner Love comemora gol do Corinthians Imagem: Robson Ventura-25.out.2015/Folhapress

Colunista do UOL*

05/11/2015 07h00

O Corinthians já é o virtual campeão brasileiro. Falta apenas atender a questão aritmética.

E aqui, devemos entender assim, o futebol é profissional e corre pelos seus interiores a necessidade de atender os mais diferentes interesses. Quanto maior for a boa exposição, melhor será para os que investem, torcem e dependem dele.

Há alguma maneira diferente de definir, sem ser como outra enorme estupidez, a atitude da CBF em manter o jogo do Corinthians com o Coritiba na noite de sábado, em vez de transferi-lo para o domingo?

Isto fosse feito, e só bastava um mínimo de lucidez, teríamos a coincidência com Figueirense e Atlético, seu principal perseguidor, para tornar ainda maior a emoção. Não seria mais fácil mexer no jogo do Palmeiras para evitar encontro de torcidas nos metrôs de São Paulo? Mas não.

Em matéria de maltratar e jogar contra os interesses do futebol brasileiro, a CBF, efetivamente, se coloca como primeira e única. É insuperável.
E não há aqui o desejo de defender os interesses de televisão nenhuma, mas do próprio torcedor. Quantos corintianos, de tantas partes do Brasil, não estavam torcendo por esta mudança. Uma pena que o futebol do Brasil tenha a CBF, com os “marcos polos” da vida, “cuidando” dele.

O Corinthians poderá ser campeão brasileiro, domingo, por volta das 7 da noite, quase 24 horas depois de encerrado o seu jogo contra o Coritiba e com os seus jogadores, em casa ou em qualquer outro lugar, sem ser um campo de futebol, impedidos de dar a volta olímpica.

É ou não é uma estupidez? Falta de seriedade e honestidade no futebol brasileiro há muito deixaram de ser alguma novidade, mas na escala da burrice, uma vez mais se comprova, também não tem pra ninguém. Conseguem nos surpreender a cada dia.

* Colaboração de José Carlos Nery

Leia a coluna na íntegra

Flávio Ricco