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Datena diz se sentir envergonhado com orações ao filho: 'Tem acesso a tudo'

Datena agradece orações para o filho internado com covid-19 - Reprodução/TV Band
Datena agradece orações para o filho internado com covid-19 Imagem: Reprodução/TV Band

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/06/2021 17h10Atualizada em 11/06/2021 18h31

José Luiz Datena usou parte do programa "Manhã Bandeirantes", da Rádio Bandeirantes, para fazer um agradecimento especial aos fãs que estão orando pela recuperação de seu filho, José Luiz Datena Júnior, que está internado devido a covid-19.

No entanto, o apresentador confessou estar se sentindo envergonhado com tamanho carinho do público uma vez que seu filho está internado em um hospital com recursos para combater a doença, enquanto parte significativa da população brasileira luta pela vida em regiões sem infraestrutura no SUS (Sistema Único de Saúde).

Às pessoas que passaram as mensagens ao meu filho, eu agradeço do fundo do coração. Que Deus lhes dê tudo em dobro, aquilo que desejaram para o meu filho e minha família. Mas eu, sinceramente, me sinto penalizado, às vezes. A gente tem porque meu filho está num dos melhores hospitais do Brasil, que é o Sírio-Libanês. Tem acesso a tudo no momento que ele quer, belos médicos e a chance de ele sair dessa doença é muito maior do que as pessoas que às vezes não têm um leito para ficar, que nem têm acesso a oxigênio, que estão lá em aparelhos que podem falhar a qualquer momento.

Eu me sinto até envergonhado apesar de pagar os meus impostos, de ser o mais honesto possível com o Estado. Eu também, até os 43 anos, fui bem pobre. Fui de classe média baixa, fui pobre mesmo. Quando garoto, era bem pobre. Então, até 43 anos, quando eu comecei a ganhar dinheiro, eu enfrentei dificuldades pra caramba e sei mais ou menos como é a vida.

Datena aproveitou para pedir que toda corrente de oração pela melhora de seu filho inclua também aqueles que são desconhecidos do público e estão passando por situações tristes em razão da pandemia da covid-19.

Então, eu agradeço a vocês, mas eu gostaria que vocês orassem muito mais ainda, claro que continuem orando pelo meu filho, mas muito mais pelos filhos, pais, mães e irmãos, e gente que não tem acesso justo a um sistema de saúde que melhorou porque foi injetado dinheiro no SUS por causa da pandemia.

Ele encerrou o pronunciamento lembrando que o problema da falta de leitos nos hospitais públicos não é novidade no Brasil e reafirmou que o SUS somente irá ter um atendimento de primeiro mundo quando começar a receber pessoas públicas e do governo.

Você ouvia falar de falta de leito no SUS muito antes da pandemia. Gente que morria em corredor de hospital muito antes. [Sobre] o serviço público brasileiro, eu sempre disse: 'o cara se fosse eleito para qualquer cargo, deveria ser tratado no SUS porque iam fazer o SUS ser melhor que os hospitais particulares'. Então, eu agradeço de coração [as orações], mas é uma pena que todo mundo no Brasil não tem direito ao mesmo atendimento que meu filho está tendo.

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